Método didático inovador, que será aplicado no próximo semestre pela Unidade Curricular do Sistema Digestório, integrará as áreas básicas e clínicas
A Faculdade de Medicina (FM) da USP irá utilizar estruturas impressas em 3D para o aprendizado dos alunos que estão cursando o novo currículo da graduação. A primeira Unidade Curricular a usar este método didático inovador será a do Sistema Digestório/Nutricional, ainda em 2015, no próximo semestre.
Está em finalização a adaptação dos arquivos do Projeto Homem Virtual e a impressão de órgãos e artérias desse sistema. O desenvolvimento do modelo digital para impressão é resultado de um trabalho conjunto entre os Departamentos de Gastroenterologia (Disciplina de Gastroenterologia Clínica), Patologia (Disciplina de Telemedicina) e de Radiologia da FMUSP, além da Disciplina de Anatomia Geral do Instituto de Ciências Biomédicas da USP. As discussões sobre esse trabalho iniciaram-se em março de 2015.
As impressões em 3D auxiliarão os graduandos de Medicina no entendimento integrado da anatomia e auxiliarão no desenvolvimento do raciocínio clínico. As estruturas impressas mostram cada órgão do sistema digestório de forma distribuída e planificada. Para isso, elas estão distanciadas entre si, apenas interligadas pelos sistemas venoso e arterial. A ideia é permitir a visualização da rede vascular, da árvore biliar e de outros elementos separados e dispostos sobre uma área plana. Serão também produzidas estruturas do fígado com lobos, rede vascular, árvore biliar e órgãos do abdômen com a disposição real das partes anatômicas do sistema digestório no corpo humano.
As mesmas estruturas impressas em 3D serão utilizadas por disciplinas oferecidas aos estudantes em diferentes anos da graduação. Com isso, haverá o desenvolvimento de um raciocínio que interliga as áreas básicas da Medicina, estudadas no primeiro ano, e as áreas clínicas, vistas nos anos finais do curso. É possível, ainda, usar essas impressões para apoio durante aulas de propedêutica, diagnóstico por imagem, diagnóstico por técnicas invasivas (ex.: punções, biópsias), entre outras.