Os conteúdos foram produzidos por especialistas que atuam com TEA e disponibilizados via Internet para participantes de todo o país.

Saber identificar os sinais do Transtorno do Espectro Autista (TEA) exige conhecimentos específicos e multidisciplinares. O diagnóstico não pode e não deve ser fechado de acordo com um aspecto, mas deve-se levar em consideração um conjunto de características e comportamentos que possam dar indícios se uma pessoa tem TEA. Para auxiliar profissionais da saúde a identificar precocemente esses sinais, a Disciplina de Telemedicina da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (DTM-FMUSP), em parceria com a ONG Autismo e Realidade, desenvolveu um curso de difusão voltado para profissionais de saúde e pessoas que lidam com o transtorno.

Durante um mês, não só os aspectos clínicos, como também os aspectos sociais, legais, o panorama da saúde mental no Brasil e os sinais e sintomas específicos do Transtorno do Espectro Autista foram apresentados a mais de 500 profissionais de todo o Brasil. A difusão do conhecimento foi possível graças ao modelo de Teleducação Interativa a Distância, adotado para atender a demanda de participantes de diversas regiões do país que se matricularam no curso.

Além de assistir aulas em vídeo, baseadas em experiências práticas, produzidas pela Disciplina de Telemedicina da USP a partir de entrevistas com especialistas da área e de informações de profissionais que atuam e pesquisam sobre o tema, os participantes puderam tirar dúvidas por meio de um sistema de votação de dúvidas frequentes, responder questionários antes e após as aulas, enviar sínteses e participar de avaliações on-line. Resumos eletrônicos sobre o andamento do curso e com respostas às dúvidas que surgiram durante as atividades foram enviados por e-mail aos participantes e também disponibilizados na plataforma educacional on-line.

Em números, 605 pessoas se matricularam, sendo que 526 participantes estiveram ativos nas semanas em que ocorreram as atividades. A maioria dos acessos ocorreu no período da noite (36%), seguido da tarde (32,4%). O horário com maior número de participantes ativos foi de 21h às 22h. A maioria dos matriculados reside no estado de SP (220), sendo que, com exceção do Acre, houve participantes de todos os estados brasileiros.