A doença de Parkinson é uma moléstia neurológica crônica e degenerativa de múltiplos sintomas. As alterações da fala são frequentes e costumam resultar na diminuição das relações interpessoais, bem como no isolamento e consequente deterioração da qualidade de vida.

As manifestações na fala são denominadas como um conjunto de disartria hipocinética. São observados: diminuição do volume da voz, rouquidão, alteração da velocidade, monotonia, pronúncia prejudicada e conseguinte ininteligibilidade global do discurso em graus variados.

A despeito dos reconhecidos efeitos da reabilitação da fala nas instâncias físicas e funcionais, a intervenção fonoaudiológica ainda é subutilizada, pois essas pessoas enfrentam inúmeras dificuldades no acesso aos serviços, tais como empecilhos motores e não motores (fadiga, dor, lentidão de movimentos, tremor, câimbra, tontura, desequilíbrio corporal, disfunções urinárias e dificuldade na marcha, entre outros), distância de profissionais especializados, transporte e ausência de acompanhante.

Diante disso, a telerreabilitação da fala, oferecida gratuitamente pelo Ambulatório de Distúrbios do Movimento do Departamento de Neurologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, é opção vantajosa, pois viabiliza a assistência para todas as regiões do país a partir de soluções tecnológicas.

A Disciplina de Telemedicina da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo disponibiliza uma plataforma de web conferência que permite o acesso fácil e simplificado aos pacientes. Assim, não é necessário nenhum conhecimento prévio específico para realizar o tratamento.

Para ser atendido, o paciente precisa ter acesso a computador com câmera, microfone e Internet. Isso poderá ocorrer na própria residência, na casa de amigos ou parentes ou em qualquer outro local de conveniência.

Mais informações: Fonoaudióloga Dra. Alice Estevo Dias (e-mail: alice.dias@hc.fm.usp.br).