Estruturas usadas por alunos da Medicina USP podem ser solicitadas por escolas de ensino médio e fundamental para estudo de temas relacionados às aulas de ciências e biologia
Imagens tridimensionais dinâmicas do corpo humano, que dão origem a vídeos, ilustrações em livros didáticos, atlas de anatomia e agora a objetos anatômicos morfofuncionais impressos em 3D. É a evolução do estudo da anatomia e fisiologia humana nos cursos da área médica, que a Faculdade de Medicina da USP vem implementando, por meio da Disciplina de Telemedicina. Trata-se não apenas de disponibilizar aos alunos e professores as peças de estruturas do corpo humano produzidas em impressora 3D, mas de suprir o ensino com informações complementares para o aprendizado da anatomia e suas correlações com os aspectos fisiológicos e clínicos.
E não são apenas os estudantes da FMUSP que têm a oportunidade de aprender desta nova forma. Agora, escolas dos ensinos fundamental e médio podem solicitar materiais produzidos pela DTM, para que possam criar seus espaços de saúde e potencializar a educação sobre os temas. Para ter acesso ao acervo digital para a impressão em 3D é necessário entrar em contato com a Disciplina de Telemedicina (telemedicina@telemedicina.fm.usp.br) ou preencher a ficha de interesse aqui. O importante é saber que os materiais e conteúdos disponibilizados podem e devem ser utilizados nas escolas, bastando apenas adaptar as informações à linguagem dos estudantes que ainda não cursam a faculdade, mas que estão na fase escolar aprendendo conteúdos de saúde a partir de disciplinas como ciências e biologia.
Todas as peças impressas são produzidas sob a coordenação do Prof. Dr. Chao Lung Wen, Chefe da DTM, com base nas imagens tridimensionais do Projeto Homem Virtual. Antes vistas em computador, celular ou TV, elas ganharam forma física, em tamanho natural, ampliado ou reduzido. A ideia é fazer com que os alunos tenham uma visão realística das estruturas que estão estudando, possam manuseá-las e fazer comparações com as aulas dos professores e as leituras dos livros didáticos.
Até agora, as peças impressas foram: vírus da hepatite B, feto de seis e de 18 semanas, sistema auditivo ampliado em 12 vezes, órgão de Corti ampliado em 50 vezes, olho ampliado em 5 vezes e odontogênese (formação dos dentes). Algumas estruturas foram impressas pela primeira vez no mundo, fazendo deste projeto uma inovação na aprendizagem dos temas de saúde no Brasil.