Durante debate no seminário Educação, Saúde e Sociedade do Futuro, organizado e realizado pela Fundação Oswaldo Cruz, o professor Chao Lung Wen, chefe da Disciplina de Telemedicina do Departamento de Patologia da FMUSP, falou sobre os quatro pilares do Inovalab, a sua integração com a Nuvem do Conhecimento e o uso de dispositivos móveis para a estruturação de um programa de acessibilidade digital em saúde
Realizado entre os dias 25 e 27 de agosto, na cidade do Rio de Janeiro, o Seminário Educação, Saúde e Sociedade do Futuro, promovido pela Fundação Oswaldo Cruz, proporcionou a discussão sobre perspectivas e novas visões relacionadas à educação, colocando em foco diretrizes e projetos educacionais inovadores. Foram três dias de conferências, mesas redondas, compartilhamento de experiências educativas e rodas de conversa, com a participação de especialistas nacionais e internacionais.
A mesa redonda “Projetos Educacionais Inovadores com Metodologias Ativas em Cursos Presenciais e Online” contou com a presença do professor Chao Lung Wen, chefe da Disciplina de Telemedicina do Departamento de Patologia da Faculdade de Medicina da USP e coordenador dos projetos Tecnologias Educacionais Interativas para Potencialização da Educação em Saúde (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – Ministério da Educação e Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde – Ministério da Saúde), Pró-Inovalab e Renovalab (ambos da FMUSP, vinculados à Pró-reitoria de Graduação da USP).
O professor Chao falou sobre a integração entre a tecnologia e a educação, que proporciona aos alunos maior capacidade de aprendizagem. Segundo o médico, a tendência para o futuro é a invasão da tecnologia no ambiente acadêmico, a fim de estruturar a chamada Educação 3.0 ou Educação Interativa Significativa. “As tecnologias móveis serão uma das grandes ferramentas para o aprendizado em saúde. A criação de uma nuvem do conhecimento integrada a dispositivos móveis poderia expandir o compartilhamento de experiências e de materiais educacionais em nível nacional, viabilizando a formação com mais qualidade de estudantes universitários de saúde”.
Saiba mais: leia a entrevista do professor Chao Lung Wen ao Portal da Fiocruz
Também participaram da mesa redonda o Secretário de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES) do Ministério da Saúde, Heider Aurélio Pinto; o professor de Novas Tecnologias na USP, José Moran (emérito pela Escola de Comunicação e Artes da USP) e o professor da Universidade do Rio de Janeiro, Luiz Bevilacqua (ex-reitor da Universidade Federal do ABC).
De acordo com o professor José Moran, nos dias atuais é preciso equilibrar a aprendizagem individual, em grupo e a mediada por professores mais experientes. Metodologias mais ativas invertem a forma de ensinar: o estudo inicial é feito pelo aluno (aprendizagem prévia), com aprofundamento em aula apoiado pelo professor, orientador ou mentor.
Saiba mais: leia a entrevista do professor José Moran ao Portal da Fiocruz
O professor Luiz Bevilacqua ressalta a importância de uma educação que estimule o exercício da autonomia intelectual. Para ele, é essencial que os alunos possam escolher seus próprios caminhos, eliminando as excessivas exigências das disciplinas obrigatórias.
Saiba mais: leia a entrevista do professor Luiz Bevilacqua ao Portal da Fiocruz