A UEA é a segunda instituição do país aplicar o Pró-Inovalab, desenvolvido pela Disciplina de Telemedicina da Faculdade de Medicina da USP

A Universidade do Estado do Amazonas (UEA) está investindo em um novo modelo de ensino-aprendizagem, que foi implementado no país pela Faculdade de Medicina (FM) da USP. Trata-se do Pró-Inovalab, um programa que tem o objetivo de inovar o processo educacional. Para a construção do conhecimento, são usadas tecnologias interativas, teleducação e a integração de diversas mídias físicas e digitais. Entre os novos recursos para ensino, estão as estruturas anatômicas realísticas impressas em 3D, uma forma de permitir que o aluno manuseie partes do corpo humano, antes vistas através do Projeto Homem Virtual e em livros didáticos.

A Disciplina de Telemedicina da FMUSP desenvolveu seu laboratório de inovação em 2011, com a aprovação de um projeto de modernização da educação médica pela Pró-Reitoria de Graduação da USP. Hoje, a disciplina possui um centro de inovação educacional que pode apoiar universidades de todo o país. A primeira parceria aconteceu com a Universidade do Estado do Amazonas, em junho de 2014.

Seguindo o modelo da FMUSP, a universidade amazonense está desenvolvendo a UEA Virtual, ambiente interativo de aprendizagem baseado na Internet, com conteúdos produzidos por professores e um espaço colaborativo dos estudantes, no qual eles participam de maneira mais ativa de seu próprio aprendizado. É o que acontece na plataforma MedUSP Digital da FMUSP (ambiente colaborativo baseado no Moodle), que também possibilita assistir palestras e eventos em tempo real, fazer exercícios e avaliações, participar de reuniões por web conferência e acessar um repositório de objetos educacionais (Homem Virtual, unidades de conhecimento, imagens radiológicas e discussão de casos anatomopatológicos baseados em autópsia).

Os ambientes de aprendizagem da Telemedicina/FMUSP adotam o Team-Based Learning, no qual os estudantes aprendem a trabalhar em equipe e adquirem habilidades de liderança e comunicação. Um dos cursos que empregaram este sistema recebeu menção honrosa no 4° Simpósio do Programa Aprender com Cultura e Extensão, realizado em dezembro de 2014, na Universidade de São Paulo. Integrante do Projeto Jovem Doutor, o curso Educação e promoção de saúde por meio de Teleducação Interativa foi direcionado a estudantes, professores, profissionais de saúde, monitores e coordenadores de telecentros e demais pessoas interessadas em aprender sobre saúde e multiplicar esse conhecimento em suas comunidades. Os participantes do curso foram acompanhados a distância por estudantes da graduação, que exerceram o papel de líderes de grupo, sob a supervisão de professores da faculdade.